Estava muito calor na cidade, confiantes que o tempo iria segurar. A polenta e a carne começaram a ser feitas no início da manhã pelas cozinheiras da Escola Municipal João Domingos Fassarela, no distrito de Castelinho, em Vargem Alta (ES). O caminhão chegou por volta das 13 horas, quando o pátio da escola aos poucos ia se transformando em sala de cinema a céu aberto. Todos ajudaram: equipe do projeto, muitas pessoas da comunidade, a família do diretor do curta Vinillis Frutiferis, que seria lançado dali a pouco, Victorhugo Passabom Amorim.
Quando ia chegando próximo às 19h, horário marcado para o início da sessão, o tempo começou a fechar. E quanto mais nuvens e raios apareciam no céu, mais pessoas chegavam para ocupar as cadeiras do cinema. Foram muitas trovoadas. Choveu no centro de Vargem Alta, nas localidades no entorno do distrito, mas não choveu em Castelinho!
Victorhugo convidou os atores e moradores da cidade que participaram da equipe técnica do filme. Estavam todos felizes e ansiosos para se verem na tela grande. Afinal, foi a primeira vez que eles participaram de uma produção cinematográfica.
“A princípio estava com frio na barriga porque o trabalho de montagem muda muita coisa no filme. Mas eles adoraram e comentavam uns com os outros! Uma das atrizes, a Rosa Dell’Armi, disse que ficou bem na tela!”, falou o diretor após a sessão.
Para ele, o filme é uma homenagem a dois moradores de Castelinho que faleceram poucos meses após participarem das gravações: Youssef Nicolas Nasr, que era o cientista criador da árvore de vinil; e Hélia Zechini Dell’Armi. “Para as famílias, era grande a expectativa de vê-los na tela. E não havia tristeza. Foi um clima alegre, de compartilhar, de ver as histórias sendo trocadas e da brincadeira com a árvore!”, afirmou Victorhugo.
Ao final da sessão, o público ainda pôde saborear a polenta deliciosa oferecida pela direção da escola. E depois desta primeira sessão, partimos para quase 25 mil quilômetros de estrada Brasil afora!
Fotos: Gustavo Louzada
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